terça-feira, 11 de agosto de 2009

tudo sobre o neolitico



O Neolítico, também chamado de Idade da Pedra Polida (por causa de alguns instrumentos, feitos de pedra lascada e pedra polida), é o período da Pré-História que começa em 8000 a.C.. Durante este período surge a agricultura, e a fixação resultante do cultivo da terra e domesticação de animais para o trabalho [1] provoca o sedentarismo (moradia fixa em aldeias).

As primeiras aldeias são criadas próximas a rios, de modo a usufruir da terra fértil (onde eram colocadas sementes para plantio) e água para homens e animais. Também neste período começa a domesticação de animais (cabra, boi, cão, dromedário, etc). O trabalho passa a ser dividido entre homens e mulheres, os homens cuidam da segurança, caça e pesca, enquanto as mulheres plantam, colhem e educam os filhos. A disponibilidade de alimento permite também às populações um aumento do tempo de lazer e a necessidade de armazenar os alimentos e as sementes para cultivo leva à criação de peças de cerâmica, que vão gradualmente ganhando fins decorativos.

Surge também o comércio, o dinheiro, que facilita a troca de materiais, e que era, na época, representado por sementes. Estas sementes, diferenciadas umas das outras, representam cada tipo, cada valor. Uma aldeia, ao produzir mais do que o necessário e, para não perder grande parte da produção que não iria ser utilizada, troca o excesso por peças de artesanato, roupas e outras utensílios com outras aldeias.

Neste momento deixam de usar peles de animais como vestimenta, que dificultam a caça e muitas outras atividades pelo seu peso, e passam a usar roupas de tecido de lã, linho e algodão, mais confortáveis e leves.

Essas mudanças de comportamento foram consideradas tão importantes que o arqueólogo Gordon Childe designou este momento de Revolução Neolítica, ou Revolução agrária, fator decisivo para a sobrevivência dos povos nesse período.

A Revolução Neolítica durou por volta de 10.000 anos, e seus principais pontos são:

A crosta terrestre aquece, aumentando o nível dos mares e resultando em alterações climáticas.
Formam-se grandes rios e desertos, além de florestas temperadas e tropicais.
Animais de grande porte desaparecem e dão origem à fauna que conhecemos hoje.
A vida vegetal modifica-se, favorecendo a sobrevivência humana.
Dão-se grandes conquistas técnicas do homem que, aliadas às transformações do ambiente, permitem ao ser humano controlar gradativamente a natureza.
O homem aprende aos poucos a reproduzir plantas, domesticar animais e estocar alimentos.
A agricultura e a domesticação de animais favorecem um sensível aumento populacional em algumas regiões.
Ampliam-se as conquistas técnicas, como a produção de cerâmica.
Os povos aprendem aos poucos como se organizar e trabalhar em sistemas cooperativos.
Os estudiosos acreditam que como o homem da Idade da Pedra não conhecia a escrita, ele gravava desenhos nas paredes das cavernas, que utilizava como meio de comunicação.

O Neolítico, pelo fato de ter sido o último período pré-histórico, terminou com o surgimento da escrita. A transição do Neolítico para a Idade dos Metais (Idade do Bronze e Idade do Ferro) caracterizou a transição da Pré-História para a História
Por volta do 10º milénio a.c, ou seja, há cerca de 12 mil anos, no Período Mesolitico, deram-se várias transformações climáticas, que viriam a criar condições favoráveis para a prática da agricultura e criação de animais. A invenção da agricultura ocorreu nos vales férteis dos grandes rios do Oriente Próximo, em uma região chamada Crescente fértil.

No 8º milénio a.c já se cultivavam cereais como trigo e cevada. O feijão, o milho e o arroz foram das primeiras culturas que o homem realizou. Na mesma época animais como o cão, o carneiro ou a cabra já eram domesticados. O homem passou assim de nômade a agricultor e pastor. Cria-se, assim, um novo tipo de economia, chamada de economia de produção, em que os seres humanos já sabem produzir os alimentos necessários à sua sobrevivência, graças à criação de animais e ao cultivo da terra
[editar] Economia do Neolítico
Ver artigo principal: Economia do Neolítico
Com a criação de animais e a agricultura, o homem sentiu necessidade de se fixar a um lugar. Surgiram assim os primeiros aldeamentos, normalmente junto a grandes rios como o Nilo, Eufrates ou Tigre, devido à necessidade de água para regar e fertilizar os campos. Com a criação dos aldeamentos e com uma nova economia, surgiu a chamada divisão do trabalho e a diferenciação social. Estes dois novos tipos de sobrevivência baseavam-se no sexo e na idade: os mais velhos exerciam a autoridade sobre os mais novos. Enquanto que os homens se dedicavam aos rebanhos e à caça, as mulheres praticavam a agricultura e encarregavam-se das tarefas domésticas. Com a criação dos aldeamentos, a população cresceu. A medida que isso aconteceu, as tarefas e a divisão do trabalho foram-se tornando mais complexas. Enquanto que uns produziam e cuidavam do gado e da terra, outros dedicavam-se à criação de vestuário e à defesa do território. Assim, os guerreiros, feiticeiros e sacerdotes passaram a ter mais autoridade sobre os outros, destacando assim a diferenciação social.


[editar] Progressos técnicos
Se repararmos na palavra Neolitico, vimos que "neo", de novo, juntamente com "litos", de pedra, forma a expressão pedra polida. E, de facto, o Neolitico caracteriza-se essencialmente pelo surgimento da pedra polida, que era usada em machados e outros instrumentos. Técnicas como a cerâmica, a tecelagem, cestaria, moagem, a descoberta da roda e a tracção animal mostram os grandes progressos técnicos que se observaram neste período.


[editar] Religião
A arqueologia registra que nos períodos Paleolítico e do Neolítico houve a primeira manifestação humana de uma religião a qual baseou-se no culto à mulher [2], ao feminino e a associação desta à Natureza, ao poder de dar a vida [3]. Foram descobertas, no abrigo de rochas Cro-Magnon em Les Eyzies, conchas cauris, descritas como "o portal por onde uma criança vem ao mundo" e cobertas por um pigmento de cor ocre vermelho, que simbolizava o sangue, e que estavam intimamente ligados ao ritual de adoração às estatuetas femininas; escavações apresentaram que estas estatuetas eram encontradas muitas vezes numa posição central, em oposição aos símbolos masculinos localizados em posições perféricas ou ladeando as estatuetas femininas [4].


[editar] Habitações
Nas casas redondas, a família sentava-se em bancos de pedra, encostados às paredes. Os lugares eram ocupados segundo a idade e posição social. Os materiais de construção eram sólidos, como a argila seca ou madeira, os alicerces eram em pedra ou pilares de madeira, e cobertos por terraços ou telhados feitos de colmo. As camas normalmente eram feitas do mesmo material que as paredes. As casas tinham apenas uma divisão com uma lareira para a aquecer.


[editar] Vestuário
Os homens usavam saias de lã negra ou de tecidos de pele de cabra, que caíam sobre bragas, uma espécie de calças curtas e largas. As mulheres usavam roupas coloridas e cobriam a cabeça com véus que caíam até aos olhos, escondendo os cabelos entrançados. No pescoço, braços e orelhas usavam pesados adornos de ouro, prata ou cobre.


[editar] Cultura
O cultivo da terra deu origem a cultos agrários, já que os homens acreditavam que havia fenômenos naturais e forças sobrenaturais que influenciavam as colheitas. Surgiram assim as primeiras estátuas, que mostram uma deusa, ligando a fertilidade da mulher à fertilidade da terra. Outra manifestação de arte foram a criação dos monumentos megalíticos, para o culto funerário. Os mais simples são os menires e os dólmens. O agrupamento de vários menires em linha ou círculo dá-se o nome de cromeleques.

tudo sobre o paleolitico



Paleolítico (pedra antiga), também conhecido como Idade da Pedra Lascada, neste período o homem fabricava utensílios de pedra lascada e madeira, é um período pré-histórico correspondente ao intervalo entre a primeira utilização de utensílios pelo homem (cerca de 2 milhões de anos atrás) até ao início do Neolítico (cerca de 10000 a.C.).

No Paleolítico, os homens eram essencialmente caçadores e coletores, esse hominídeo caçava animais e comia vegetais, apresentando uma economia de subsistência, tendo que se deslocar constantemente em busca de alimentos(nômades).

Este grande período histórico subdivide-se em Paleolítico Inferior (até há 300 mil anos) e Paleolítico Superior (até 10 mil a.C.). (Na Europa e em locais onde houve glaciações, entre o Paleolítico e o Neolítico intercala-se o chamado Mesolítico.) O Paleolítico coincide com o final da época geológica Pleistocena do período geológico Neogeno. Há certa discordância entre estudiosos quanto a essa divisão, sendo que alguns intercalam um Paleolítico Médio entre o Inferior e o Superior.

O termo Paleolítico foi empregado pela primeira vez pelo historiador John Lubbock. Antes do Paleolítico houve um período pré-histórico que alguns historiadores chamam de Eolítico.

O Paleolítico é o período do desenvolvimento de instrumentos de caça, feitos em madeira, osso ou pedra lascada e o uso pela primeira vez do fogo.
[editar] Paleolítico Inferior
Ver artigo principal: Paleolítico Inferior
Foi nesse período que surgiram as primeiras espécies de hominídeos, provavelmente na África. Nesta época a temperatura era muito baixa obrigando o Homem a viver em cavernas. Os Hominídeos surgidos nesta época são: os Australopithecus, Homo habilis, Homo erectus e Homo Sapiens. Eles se localizavam principalmente em: Cheliana, Acheliana, Musteriana.

Os objetos são confeccionados primeiramente em osso e madeira depois em pedra e marfim. Usam um machado de pedra, para cortar e esmagar os alimentos, para defesa e fazer furos. As lascas são aproveitadas para fabricar objetos cortantes, daí o Paleolítico ter ficado também conhecido como Período ou Idade da Pedra Lascada.

A sociedade é comunal, já possuem uma certa organização social e a família já tem importância. São nômades (andavam à procura de alimentos), descobrem e dominam o fogo.

[editar] Paleolítico Médio
Ver artigo principal: Paleolítico Médio
O paleolítico médio é um conceito que compreende um espaço temporal, cultural e geográfico mais restrito do que os períodos do Paleolítico que o antecedem e precedem.

O homem de neanderthal, a distribuição geográfica (Europa), as técnicas de talhe (indústrias mustierenses) e a cronologia (200.000 a 30.000 anos b.p.) são características que definem este período da pré-história antiga.

O Paleolítico fez uma descoberta muito importante: o fogo. É nesse período que surgem os primeiros Sambaquis (encontrados principalmente nas regiões litorâneas da America do Sul), devido ao fato do homem ser nômade, e se alojar num determinado local até que se esgotassem os alimentos; amontoavam conchas, fogueiras, restos de animais. Eram também nesses locais que enterravam os mortos junto aos pertences (colares, vestes, ferramentas e cerâmicas).
Paleolítico Superior
Ver artigo principal: Paleolítico Superior
O Homem do Paleolítico Superior já é obrigado a morar efetivamente nas cavernas (devido ao resfriamento intenso do planeta e o norte da Europa ter ficado coberto de gelo como consequência da 4ª Glaciação). O Homem deste período é o Homem de Cro-Magnon, que já é o homem propriamente dito. Caçava animais de grande porte (mamute, renas) utilizando para isso armadilhas montadas no chão.


[editar] Religião
Apesar de convencionar-se a consolidação da religião no período Neolítico, a arqueologia registra que no Paleolítico houve uma religião primitiva baseada no culto à mulher, ao feminino e a associação desta ao poder de dar a vida [1]. Foram descobertas, no abrigo de rochas Cro-Magnon em Les Eyzies, conchas cauris, descritas como "o portal por onde uma criança vem ao mundo" e cobertas por um pigmento de cor ocre vermelho, que simbolizava o sangue, e que estavam intimamente ligados ao ritual de adoração às estatuetas femininas; escavações apresentaram que estas estatuetas eram encontradas muitas vezes numa posição central, em oposição aos símbolos masculinos localizados em posições perféricas ou ladeando as estatuetas femininas [2].


[editar] Passagem
A passagem do período Paleolítico para o Neolítico foi bastante demorada, levou cerca de 10.000 anos e ficou conhecida como Revolução Neolítica (nome dado pelo historiador Gordon Childe) já que foi essencial para a sobrevivência dos povos nesse período. Os principais pontos são:

A crosta terrestre aquece, aumentando o nível dos mares e resultando em alterações climáticas.
Formam-se grandes rios e desertos, além de florestas temperadas e tropicais.
Animais de grande porte desaparecem e dão origem à fauna que conhecemos hoje.
A vida vegetal modifica-se, favorecendo a sobrevivência humana.
Dão-se grandes conquistas técnicas do homem que, aliadas às transformações do ambiente, permitem ao ser humano controlar gradativamente a natureza.
O homem aprende aos poucos a reproduzir plantas, domesticar animais e estocar alimentos.
A agricultura e a domesticação de animais favorecem um sensível aumento populacional em algumas regiões.
Ampliam-se as conquistas técnicas, como a produção de cerâmica.
Os povos aprendem aos poucos como se organizar e trabalhar em sistemas cooperativos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sakura & Chiyo vs. Sasori Part 1/10

galileu galillei
















Galileu Galilei (em italiano Galileo Galilei, Pisa, 15 de fevereiro de 1564Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano. Ele teve um papel preponderante na chamada revolução científica. Pisa era então então parte do Grão-ducado da Toscana. Galileu era o filho mais velho do alaudista Vincenzo Galilei e Giulia Ammannati.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contributo de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".[editar] Estudos em Pisa

O termómetro de Galileu. O seu funcionamento baseia-se na descoberta de que a densidade de um líquido, e logo também a força de impulsão por este exercida, depende da temperatura.
Chegou a ser destinado à carreira religiosa, mas o seu pai queria que fosse médico e por isso inscreveu-o na Universidade de Pisa. No entanto desistiu de estudar medicina e decidiu estudar matemática. Foi nessa época que inventou a balança hidrostática, cujo mecanismo descreveu no breve tratado "La bilancetta", publicado em 1644. Durante o curso de medicina descobriu o isocronismo do pêndulo, determinando que o seu período não depende da massa, mas apenas do comprimento do fio. Foi o primeiro a pensar que este fenómeno permitiria fazer relógios muito mais precisos, e já no final da sua vida viria a trabalhar no mecanismo de escapo que mais tarde originaria o relógio de pêndulo.[1][2]
Não chega a terminar os estudos e decide voltar a Florença onde dá aulas particulares para sobreviver e continua os seus estudos de matemática, mecânica e hidrostática.
Em 1588, com o apoio de Guidobaldo del Monte, matemático e admirador da sua obra, Galileu foi nomeado para a cátedra de matemática na Universidade de Pisa [1]. Também em Pisa realizou as suas famosas experiências de queda de corpos em planos inclinados. Nestas demonstra que a velocidade de queda não depende do peso. Em 1590, publicou o pequeno tratado "De motu", sobre o movimento dos corpos. Com suas experiências de movimento de bolas em planos inclinados aproximou-se do que seria mais tarde conhecido como a primeira lei de Newton. Suas descobertas sobre o movimento tiveram significado especial pela abordagem matemática usada para analisá-las. A abordagem matemática se tornaria a marca registrada da física dos séculos XVII e XVIII e por esta razão Galileu seria chamado o "pai da física matemática".[1]

[editar] Os anos em Pádua

Capa do Sidereus Nuncius publicado em 1610.
Em 1592, ainda devido à influência de Guidobaldo del Monte, consegue a cátedra de matemática na Universidade de Pádua, onde passaria os 18 anos seguintes, "os mais felizes da sua vida". Nesta universidade ensinou geometria, mecânica e astronomia. Em Pádua descobriria as leis do movimento parabólico[1].

[editar] O telescópio
Em 1609, teve conhecimento de um telescópio que foi oferecido por alto preço ao doge de Veneza. Ao saber que o instrumento era composto de duas lentes em um tubo, Galileu logo construiu um capaz de aumentar três vezes o tamanho aparente de um objeto, depois outro de dez vezes e, por fim, um capaz de aumentar 30 vezes.[1]
Galileu não inventou o telescópio, cujo pedido de patente foi feito em 1608, por Hans Lipperhey (ou Lippershey), fabricante de óculos de Middleburg, nos Países Baixos, embora o termo "telescópio" tenha sido inventado na Itália em 1611.[1]
Porém Galileu foi o primeiro a fazer uso científico do telescópio, ao fazer observações astronómicas com ele.[1] Descobriu assim que a Via Láctea é composta de miríades de estrelas (e não era uma "emanação" como se pensava até essa época), descobriu ainda os satélites de Júpiter, as montanhas e crateras da Lua. Todas essas descobertas foram comunicadas ao mundo no livro Sidereus Nuncius ("Mensageiro das estrelas") em 1610. A observação dos satélites de Júpiter, levaram-no a defender o sistema heliocêntrico de Copérnico.

[editar] Reconhecimento público e primeiros problemas com a Inquisição
O eco das descobertas astronómicas de Galileu foi imediato, devido à publicação do Sidereus Nuncius foi nomeado matemático e filósofo grã-ducal, sem obrigação de ensinar. Entretanto observa as manchas solares e os anéis de Saturno, que confunde com dois satélites devido à baixa resolução do seu telescópio. Observa ainda as fases de Vénus, que utiliza como uma prova mais do sistema heliocêntrico. Abandona então Pádua e vai viver em Florença.

[editar] Em Florença

A casa fiorentina de Galileu
A publicação do Sidereus Nuncius suscitou reconhecimento mas também diversas polêmicas. Com a acusação de haver se apossado , com o telescópio, de uma descoberta que não lhe pertencia, foram postas em dúvida também a realidade de suas descobertas. O aristotélico Cremonini recusou-se olhar pelo telescópio [3] enquanto o matemático bolonhês Antonio Magini - que seria o inspirador do libelo antigalileiano Brevissima peregrinatio contra Nuncium Sidereum escrito por Martin Hotky - sem negar a utilidade do instrumento, sustentou a inexistência das descobertas e Galileu em pessoa, de início, buscou inutilmente dissuadi-lo.
Mais tarde, Magini mudou de ideia e com ele também astrônomo vaticano Christoph Clavius, que inicialmente havia afirmado que as descobertas eram somente ilusões de ótica das lentes. Era, esta última, uma objeção na época não facilmente refutável, dado que as lentes podiam aumentar a visão mas também deformá-la. Um apoio muito importante foi dado a Galileu por Kepler, que verificou a existência efetiva dos satélites de Júpiter, publicando em Francoforte em 1611 "Narratio de observatis a se quattuor Jovis satellibus erronibus".

Cesare Cremonini
Já que os matemáticos do Colégio romano eram considerados as maiores autoridades daquele tempo, em 29 de março de 1611, Galileo foi a Roma para apresentar as suas descobertas: foi recebido com todas as honras pelo próprio papa Paulo V, pelos cardeais Francesco Maria Del Monte e Maffeo Barberini e pelo príncipe Federico Cesi, que o inscreveu na Accademia dei Lincei, por ele mesmo fundada oito anos. Em 1° de abril, Galileu escreveu ao secretário ducal Belisario Vinta que os jesuítas "tendo finalmente conhecido a verdade dos novos planetas, estão há dois meses em contínuas observações, as quais prosseguem; e as temos comparado com as minhas, e seus resultados correspondem".
Galileu não sabia porém que em 19 de abril o cardeal Roberto Bellarmino havia encarregado os matemáticos vaticanos de aprontar-lhe uma relação sobre novas descobertas feitas por " um valente matemático por meio de um instrumento chamado canhão ou melhor óculos" e que a Congregação do Santo Ofício, no dia 16 de maio, havia decidido questionar sobre as relações existentes entre Galileu e o filósofo Cesare Cremonini, há tempos suspeito de heresia pela inquisição de Pádua. Evidentemente, na Igreja estavam bem presentes as consequências que "poderiam ter estes singulares desenvolvimentos da ciência sobre a concepção geral do mundo e assim, indiretamente, sobre os sacros princípios da teologia tradicional». [4]

Intorno alle macchie solari
Em 1612, Galileu escreveu o "Discurso sobre as coisas que estão sobre a água, ou que nela se movem" - no qual apoiando-se na teoria de Arquimedes demonstrava, contra a teoria de Aristóteles, que os corpos flutuavam ou afundavam na água segundo seu peso específico não sua forma - provocando a polêmica resposta do "Discurso apologético sobre o Discurso de Galileu Galilei" do literato e aristotélico fiorentino Ludovico delle Colombe. Em 2 de outobre, no Palácio Pitti, presente o grão-duque e a gran-duquesa Cristina, e o cardeal Maffeo Barberini, então seu grande admirador, deu uma pública demonstração experimental do assunto, negando definitivamente as ideias de Colombe.
No seu "Discurso" Galileu acenava também às manchas solares, que ele sustentava já haver observado em Pádua em 1610, sem porém relatá-las: escreveu então, no ano seguinte, a "'História e demonstração sobre as manchas solares e seus acidentes acidentes", publicada em Roma pela Accademia dei Lincei, em resposta a três cartas do jesuíta Christoph Scheiner que, endereçadas no final de 1611 a Mark Welser, anunciavam a sua descoberta das manchas solares. [5] A parte a questão da prioridade da descoberta, [6] Scheiner sustentava erroneamente que as manchas consistiam de chamas de astros rodando em torno ao Sol, enquanto Galileu as considerava matéria fluida pertencente à superfície do próprio Sol e rodante em torno ao mesmo por causa da rotação da estrela.
Em março de 1614 completou os estudos sobre o método para determinar o peso do ar, calculando seu peso como mínimo, diferente porém de zero. O ar é de fato cerca de 760 vezes mais leve que a água: os estudiosos da época, ao contrário pensavam, sem nenhum apoio experimental, que o ar não tinha peso algum.
Em 1611 foi convocado a Roma onde apresentou as suas descobertas ao Colégio Romano dos Jesuítas, onde se encontrava o futuro Papa Urbano VIII, de quem ficou amigo, e o cardeal Roberto Bellarmino, que reconhece as suas descobertas. No mesmo ano acede à Accademia dei Lincei.
Em 1614, estudou métodos para determinar o peso do ar, descobrindo que pesa pouco, mas não zero como se pensava até então.
Entre 1613 e 1615 escreveu as famosas cartas copérnicas dirigidas a Benedetto Castelli, Pietro Dini e Cristina di Lorena. Nestas cartas, Galileu descreveu as suas idéias inovadoras, que geram muito escândalo nos meios conservadores, em que circulam apesar de nunca ter sido publicadas ficando assim uma divisão de apoiantes e de opositores nas duas principais universidades da Itália. As passagens mais polémicas são aquelas em que transcreve alguns passos das Escrituras que deviam ser interpretados à luz do sistema heliocêntrico, para o qual Galileu não tinha ainda provas científicas totalmente conclusivas. E este começou a ser o princípio de um problema futuro.

Fólio de Galileu, onde retrata as fases da Lua.
Em 1616, a Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) pronunciou-se sobre a Teoria Heliocêntrica declarando que a afirmação de que o Sol é o centro imóvel do Universo era herética e que a de que a terra se move estava "teologicamente" errada, contudo nada fora pronunciado a nível científico. O livro de Copérnico De revolutionibus orbium coelestium, entre outros sobre o mesmo tema, foi incluído no Index librorum prohibitorum (Índice dos livros proibidos). Foi proibido falar do heliocentrismo como realidade física, mas era permitido referir-se a este como hipótese matemática (de acordo com esta ideia o livro de Copérnico é retirado do Index passado quatro anos com poucas alterações). Apesar de que nenhum dos livros de Galileu foi nesta altura incluído no Index, ele foi no entanto convocado a Roma para expor os seus novos argumentos. Teve assim a oportunidade de defender as suas ideias perante o Tribunal do Santo Ofício dirigido por Roberto Bellarmino, que decidiu não haver provas suficientes para concluir que a Terra se movia e que por isso admoestou Galileu a abandonar a defesa da teoria heliocêntrica excepto como ferramenta matemática conveniente para descrever o movimento dos corpos celestes. Tendo Galileu persistido em ir mais longe nas suas ideias, foi então proibido de divulgá-las ou ensiná-las.

Bússola militar de Galileu.
Apesar das admoestações, encorajado pela entrada em funções em 1623 do novo Papa Urbano VIII, seu amigo e um espírito mais progressivo e interessado nas ciências do que o seu predecessor (que afinal nada teve directamente a ver com a sentença do tribunal), publicou nesse mesmo ano Il Saggiatore (O Analisador), dedicado ao novo Papa, para combater a física aristotélica e estabelecer a matemática como fundamento das ciências exactas. Nele coloca em causa muitas idéias de Aristóteles sobre movimento, entre elas a de que os corpos pesados caem mais rápido que os leves. Galileu defendeu que objetos leves e pesados caem com a mesma velocidade na ausência de atrito, diz-se que subiu à torre de Pisa e daí lançou objetos com vários pesos, mas essa história nunca foi confirmada. Este livro era também a reposta a uma polémica que mantinha com o jesuíta Orazio Grassi que defendia o modelo cosmológico de Tycho Brahe segundo o qual a Terra estava fixa no centro do Universo, mas os planetas e outros astros giravam em torno do Sol, que por sua vez girava em torno da Terra. Orazio Grassi defendia também que os cometas eram corpos celestes, o que é correcto, enquanto Galileu defendia erroneamente que eram produto da luz solar sobre o vapor atmosférico.

[editar] A condenação de Galileu pelo Santo Ofício
O papa Urbano VIII, que chegou a afirmar que "a Igreja não tinha condenado e não condenaria a doutrina de Copérnico como herética, mas apenas como temerária" e tinha sido testemunha de defesa no processo de 1616, recebeu Galileu no Vaticano em seis audiências em que lhe ofereceu honrarias, dinheiro (pensões de promoção académica apoio científico) e recomendações. No entanto, o Papa não aceitou o pedido de Galileu de revogar o decreto de 1616 contra o heliocentrismo. Ao contrário encorajou Galileu a continuar os seus estudos sobre o mesmo, mas sempre como uma hipótese matemática útil porque simplificava os cálculos das órbitas dos astros e significavam um avanço cientifico que ainda não estaria suficientemente maturo para a época.

Galileu frente ao tribunal da inquisição Romana, pintura de Cristiano Banti
Foi neste contexto que Galileu escreveu Dialogo di Galileo Galilei sopra i due Massimi Sistemi del Mondo Tolemaico e Copernicano, por vezes abreviado para Dialogo sopra i due massimi sistemi del mondo (Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo) completado em 1630 e publicado em 1632, onde voltou a defender o sistema heliocêntrico e a utilizar como prova a sua teoria incorrecta das marés. É um diálogo entre três personagens, Salviati (que defende o heliocentrismo), Simplício (que defende o geocentrismo e é um pouco tonto) e Sagredo (um personagem neutro, mas que termina por concordar com Salviati). Esta obra foi seminal ao processo da Inquisição contra Galileu. A isto se deve a história complexa que levou à sua publicação.
O Papa tinha sugerido a Galileu escrever um livro em que os dois pontos de vista, o helio- e o geocentrismo, fossem defendidos em igualdade de condições e em que as suas opiniões pessoais também fossem defendidas, e aceitou dar-lhe o Imprimatur caso este fosse o caso. Estariam assim abertas as possibilidades de levar o heliocentrismo adiante eliminando as rivalidades académicas e disputas universitárias, ao mesmo tempo que seriam possivelmente preparadas abordagens teológicas mais claras. Em 1630, com a obra terminada, Galileu viajou a Roma para apresentá-la pessoalmente ao Papa. Este fez apenas uma leitura brevíssima e entrega-a aos censores do Vaticano para avaliar se estava de acordo com o decreto de 1616. Mas várias vicissitudes e em particular a ignorância dos censores em astronomia levaram a um grande atraso nesta avaliação, pois realmente o livro voltava a encalhar em aspectos dos defensores do geocentrismo e de uma facção da disputa académica. No fim foram realizadas apenas algumas experiências.
O Papa suspeitava que o tolo personagem era uma caricatura dele próprio, o que não era certamente a intenção de Galileu, e sentiu-se extremamente traído na confiança que tinha depositado nele. Galileu perdeu assim o mais poderoso dos seus aliados. Contudo estas são especulações somente, porque não há registo de Galileu nem por parte do Vaticano que levem a afirmar este tipo de pensamentos nunca expressos e entre dois amigos.

Capa de Discorsi e Dimostrazioni Matematiche Intorno a Due Nuove Scienze publicada em Leiden em 1638.
Galileu era cristão fervoroso, mas tinha um temperamento conflituoso e viveu numa época atribulada na qual a Igreja Católica endurecia a sua vigilância sobre a doutrina para fazer frente às derrotas que sofria pela Reforma Protestante. O Papa sentiu que a aceitação do modelo heliocêntrico como ferramenta tinha sido ultrapassada e convocou Galileu a Roma para ser julgado, apesar de este se encontrar bastante doente. Após um julgamento longo e atribulado foi condenado a abjurar publicamente as suas idéias e a prisão por tempo indefinido. A prisão de Galileu tornou-se um falso exemplo mais citado da "luta entre fé e ciência". Testemunhas dão nota que Galileu depois da prisão domiciliar e preventiva, no conforto e vida às custas da própria autoridade clerical, por vontade própria rezava diariamente o Breviário, livro de orações monástico da liturgia do Rito Romano. Os livros de Galileu foram incluídos no Index, censurados e proibidos, mas foram publicados nos Países Baixos, onde o protestantismo tinha já substituído o catolicismo, o que havia tornado a região livre da censura do Santo Ofício. Galileu havia escolhido precisamente a Holanda para executar o experimento com o telescópio que anteriormente construíra. Reza a lenda que, ao sair do tribunal após sua condenação, disse uma frase célebre: "Eppur si muove!", ou seja, "contudo, ela se move", referindo-se à Terra. Galileu consegue comutar a pena de prisão a confinamento, primeiro no palácio do embaixador do Grão-duque da Toscana em Roma, depois na casa do arcebispo Piccolomini em Siena e mais tarde na sua própria casa de campo em Arcetri.

Túmulo de Galileu na basílica de Santa Croce em Florença.
Em 1638, quando já estava completamente cego, publicou Discorsi e Dimostrazioni Matematiche Intorno a Due Nuove Scienze em Leiden, na Holanda, a sua obra mais importante. Nela discute as leis do movimento e a estrutura da matéria.
Há muito equívoco quanto à morte de Galileu, pois não foi ele o cientista queimado vivo por sua concepção astronômica, mas Giordano Bruno (1548-1600) que havia sido condenado à morte por heresia nos tribunais da Inquisição, ao defender idéias semelhantes. Galileo Galilei, na verdade, morre em Arcetri rodeado pela sua filha Maria Celeste e os seus discípulos, de forma piedosa e de fé exemplar. É enterrado na Basílica de Santa Croce em Florença, onde também estão Machiavelli e Michelangelo, o que prova que a primeira condenação não poderia ter sido a de culpa de heresia mas a de somente "heresia formal".
No decorrer dos séculos a Igreja reviu as suas posições no confronto com Galileu. Em 1846, são removidas todas as obras que apoiam o sistema coperniciano da versão revista do Index. Em 1992, mais de três séculos passados da sua condenação, é iniciada a revisão do seu processo que decide pela sua absolvição em 1999. Contudo a revisão da condenação não tem nada a ver com o sistema heliocêntrico porque esse nunca foi objecto dos processos.

[editar] A defesa do heliocentrismo e o processo do Santo Ofício
Os autores medievais aceitavam que a Terra era redonda, mas acreditavam no geocentrismo como fora estruturado por Aristóteles e Ptolomeu.
O sistema cosmológico, na ciência, ensinava que a Terra estava parada no centro do universo e os outros corpos orbitavam em círculos concêntricos ao seu redor. A Igreja Católica aceitava esse modelo como sempre aceitou os modelos científicos de cada época, desde que sejam compatíveis com a verdade revelada. Contudo essa não era uma certeza tradicional na ciência da época e não era um problema discutido. O heliocentrismo já era uma ideia antiga e que nunca despertou grande interesse nem complicação. Essa visão geocêntrica tradicional para alguns hoje foi abalada por Nicolau Copérnico que se limitou a dizer o que já tinha sido divulgado pelos monges copistas em seus manuscritos, que em 1514 começou a divulgar no meio académico um modelo matemático em que a Terra e os outros corpos celestes giravam ao redor do Sol, tese que ficou conhecida como heliocentrismo. Nesse primeiro momento, não se encontram muitas críticas por parte da Igreja. Note-se no entanto que a obra de Copérnico foi publicada com uma nota introdutória que explicava que o modelo apresentado devia ser interpretado apenas como uma ferramenta matemática que simplificava o cálculo das órbitas dos corpos celestes e nunca como uma descrição da realidade.
Galileu viveu uma época atribulada. Durante a Idade Média, muitos teólogos já haviam reinterpretado as escrituras, mas depois do Concílio de Trento a Igreja passava a condenar esse comportamento. Pois o caso de Galileu não implica o heliocentrismo com objecto do processo nem qualquer interpretação bíblica. Galileu acabou condenado por desobediência e por proferir conteúdos contra a Doutrina, por ignorância nestes temas, ao mesmo tempo que muitos clérigos apoiaram o geocentrismo e outros o heliocentrismo em disputas académicas.

[editar] Vida familiar
Galileu nunca se casou. Porém, ele teve um relacionamento com Marina Gamba, uma mulher que ele encontrou em uma de suas muitas viagens a Veneza. Marina morou na casa de Galileu em Pádua, onde deu à luz três crianças. Suas duas filhas, Virgínia e Lívia, foram colocadas em conventos onde se tornaram, respectivamente, irmã Maria Celeste e irmã Arcângela. Em 1610, Galileu mudou-se de Pádua para Florença onde ele assumiu uma posição na corte dos Médici. Ele deixou seu filho, Vincenzio, com Marina Gamba em Pádua. Em 1613, Marina casou-se com Giovanni Bartoluzzi, e Vincenzio foi viver junto com seu pai em

animais estintos







Extinção é o desaparecimento irreversível de espécies e acontece quando o último animal de uma determinada espécie morre. Ocorre de forma natural como conseqüência evolutiva e de forma causal como conseqüência do desequilíbrio no ecossistema ou no habitat provocados pelo homem. De forma natural, a extinção de uma espécie pode ocorrer por transformações climáticas, mudanças no comportamento, doenças, parasitas e por competições entre espécies por território. De forma causal, os animais podem ser extintos pelas alterações em seu habitat, desmatamento, captura ilegal e biopirataria. Foi divulgada uma lista recente de espécies brasileiras extintas onde estão presentes: a ararinha-azul, a perereca, maçarico-esquimó, libélula, minhocoçu gigante, minhoca branca, aruá-do-mato e o caracol gigante. Há várias outras espécies já extintas espalhadas por todo mundo e mais ainda ameaçadas de extinção. Cabe aos homens lutarem contra o desmatamento e o comércio ilegal para que o ecossistema não seja destruído.Reino Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Psittaciformes Família Psittacidae Gênero Ara Espécie Ara tricolor
A arara-vermelha-de-cuba (Ara tricolor), como o nome sugere, foi uma espécie que viveu na Ilha de Cuba, sendo extinta no século XIX. De tamanho diminuto, com aproximadamente 50 cm de comprimento, tanto machos quanto fêmeas possuíam coloração vermelha, com tons amarelos e alaranjados pelo corpo, e penas azuis nas asas e cauda. O aumento da ocupação humana fez com que o hábitat desta espécie fosse modificado, dando lugar a habitações; propiciou o consumo de sua carne e ovos; e deu espaço para que fossem vendidos e utilizados como animais de estimação, sendo muitos espécimes e ovos aprisionados para este fim. Assim, entre a década de 60 e 80, do século 19, os últimos exemplares foram mortos, causando sua extinção.
Por Mariana AraguaiaGraduada em BiologiaEquipe Brasil Escola
Veja mais!Os dinossauros são répteis diferenciados que viveram na Terra há cerca de 230 milhões de anos, no Período Mesozóico. A capacidade de gerar o calor do próprio corpo distingue o dinossauro dos demais répteis.Viveram na Era Mesozóica, apareceram no início de Período Triássico e se extinguiram no final do Período Cretáceo. Possuíam movimentação rápida, agilidade e boa resistência à temperatura. Não tinham um habitat específico e isso lhes dava uma vasta variedade de habitat e alimento. Eram divididos em herbívoros, que se alimentavam de plantas aquáticas, samambaias, rebentos, etc.; onívoros, que se alimentavam de tudo, e os carnívoros, que se alimentavam de pequenos animais, insetos, lagartos e filhotes de dinossaurosReino Animalia Filo Chordata Classe Mammalia Ordem Proboscidea Família Elephantidae Gênero Mammuthus Os mamutes pertencem à mesma família dos elefantes atuais e, tal como eles, possuíam trombas e presas de marfim. Extintos ao final da última Era Glacial, cerca de 10 mil anos atrás, registros fósseis e arqueológicos encontrados na Europa, América do Norte e Ásia permitiram com que soubéssemos um pouco mais sobre esses animais. Sabe-se, por exemplo, que existiram pelo menos seis espécies destes indivíduos: Mammuthus columbi, Mammuthus primigenius, Mammuthus meridionalis, Mammuthus trogontherii, Mammuthus exilis, Mammuthus imperator e Mammuthus calvanus. Habitantes de regiões de clima temperado e frio da América do Norte, Europa e Ásia, os Mammuthus possuíam corpo robusto e coberto por pelos, e se alimentavam de plantas (eram herbívoros). Esses animais faziam parte da dieta de indivíduos pré-históricos, sendo aproveitada a pele para a confecção de vestimentas. Há alguns anos, na Sibéria, foi encontrado uma fêmea filhote, em excelente estado de conservação. Esta descoberta criou condições para que muitos cientistas pensassem na possibilidade de se criar clones de mamutes. No fim do ano de 2008, foi anunciado o sequenciamento de cerca de 70% do código genético do Mammuthus primigenius, o último do gênero a ser extinto. Os responsáveis pelo estudo, cientistas da Rússia e Estados unidos, utilizaram amostras de DNA do pelo de dois mamutes encontrados também, na Sibéria. Eles descobriram que o genoma de elefantes e mamutes possuem apenas 6% de diferença.
Por Mariana AraguaiaGraduada em BiologiaEquipe Brasil EscolaReino Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Psittaciformes Família Psittacidae Gênero Conuropsis Espécie Conuropsis carolinensis
O Conuropsis carolinensis, popularmente conhecido como periquito-da-carolina, era a única ave da Família Psittacidae nativa dos Estados Unidos, ocorrendo em área que abrangia desde o Golfo do México aos Grandes Lagos. A fêmea era menor que os machos, e colocava seus ovos em troncos ocos. Estas aves viviam em bandos, formados aproximadamente por uma centena de indivíduos. Com tamanho de aproximadamente 20 centímetros de envergadura e 15 centímetros de cauda, apresentavam plumagem de coloração predominantemente verde, com regiões de cor amarela na cabeça, pescoço, coxas e asas; e o bico, e ao redor dos olhos, de cor alaranjada. Descrita por Lineu, em 1758, foi extinta em consequência da chegada dos colonos europeus do século XVII. Como foram desmatadas diversas áreas para agricultura e construção de casas, estes animais perderam muitas das suas fontes de alimentação. Assim, passaram a driblar este problema buscando sementes e frutos cultivados pelos colonos, que passaram a considerá-los como praga, caçando-os impiedosamente. Assim, os últimos exemplares da natureza foram extintos em abril de 1904. Catorze anos depois, em fevereiro de 1918, o último indivíduo de cativeiro, chamado Incas, morreu no Jardim Zoológico de Cincinnati. Atualmente, existem apenas 720 espécimes (ou menos) conservados em museus e coleções distribuídas por todo o mundo.
Por Mariana AraguaiaGraduada em BiologiaEquipe Brasil EscolaReino Animalia Filo Chordata Classe Aves Ordem Psittaciformes Família Psittacidae Gênero Conuropsis Espécie Conuropsis carolinensis
O Conuropsis carolinensis, popularmente conhecido como periquito-da-carolina, era a única ave da Família Psittacidae nativa dos Estados Unidos, ocorrendo em área que abrangia desde o Golfo do México aos Grandes Lagos. A fêmea era menor que os machos, e colocava seus ovos em troncos ocos. Estas aves viviam em bandos, formados aproximadamente por uma centena de indivíduos. Com tamanho de aproximadamente 20 centímetros de envergadura e 15 centímetros de cauda, apresentavam plumagem de coloração predominantemente verde, com regiões de cor amarela na cabeça, pescoço, coxas e asas; e o bico, e ao redor dos olhos, de cor alaranjada. Descrita por Lineu, em 1758, foi extinta em consequência da chegada dos colonos europeus do século XVII. Como foram desmatadas diversas áreas para agricultura e construção de casas, estes animais perderam muitas das suas fontes de alimentação. Assim, passaram a driblar este problema buscando sementes e frutos cultivados pelos colonos, que passaram a considerá-los como praga, caçando-os impiedosamente. Assim, os últimos exemplares da natureza foram extintos em abril de 1904. Catorze anos depois, em fevereiro de 1918, o último indivíduo de cativeiro, chamado Incas, morreu no Jardim Zoológico de Cincinnati. Atualmente, existem apenas 720 espécimes (ou menos) conservados em museus e coleções distribuídas por todo o mundo.
Por Mariana AraguaiaGraduada em BiologiaEquipe Brasil Escola

animais em estinção


























































































































Existem hoje, no mundo, em torno de 7500 tigres; 60% deles estão em território indiano, divididos em 21 reservas. A India tem sido o pais que mais se dedica à preservação, mas seus esforços têm sido fortemente ameaçados por traficantes ligados ao rico mercado do tigre: vendem seus ossos (famosos na medicina chinesa), sua pele, sua carne e até mesmo seus olhos. Os curandeiros chineses acreditam que o pó de seus ossos cura reumatismo e garante longevidade, pílulas feitas dos olhos acabam com as convulsões, o pênis traz virilidade (um prato de sopa desta parte do corpo do tigre pode custar $320 US na Tailândia). Sua pele pode chegar à $15000 US no mercado Árabe. Além do tráfico, o aumento da população que disputa a caça com os tigres, destrói seu "habitat" natural e finalmente investe contra eles próprios, são sua maior ameaça. Os tigres sempre exerceram fascínio sobre os homens: os registros remontam até 6000 anos atrás, onde desenhos de tigres foram encontrados próximo ao rio Amur na Rússia. Segundo os arqueólogos, os habitantes da região os reverenciavam como seus ancestrais e como Deuses. Na mitologia hindu o tigre é o veículo da Deusa Durga; na China do Patriarca Chang Tao-ling. Na região do Mar Cáspio, eles se extinguiram em 1970, na Ilha de Java em 1980, e em Bali em 1940. A India é hoje o lugar onde a batalha pela sobrevivência dos tigres vai ser ganha ou perdida. O pais tem uma cultura na qual as pessoas genuinamente respeitam a natureza, mas seu crescimento populacional é tremendo e ameaçador. Homens e tigres coexistiram por milhares de anos, neste século o desafio está lançado.
Chimpanzé
Dra.Jane Goodall, primatologista, estudou os chimpanzés do Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia, por mais de 35 anos. Seu trabalho de dedicação, amor e afeto, tem sido exemplo para milhares de pessoas preocupadas com a sobrevivência animal, e com os problemas ecológicos que temos enfrentados neste século. Em 1957, com 23 anos, Dra.Jane viajou para o Kênia começando a trabalhar com o Paleontologista Dr.Louis S.B.Leakey, que a incentivou a estudar os chimpanzés na Tanzânia, estudo que iniciou em 1960. Desde 1965 que seu trabalho vem chamando a atenção de todos, leigos e cientistas, tanto pelas descobertas revolucionárias sobre o comportamento dos chimpanzés, quanto pela sua luta pela preservação. Hoje, sua área de trabalho corresponde à maior comunidade de estudo animal do mundo.Dra.Jane criou o programa "Roots & Shoots" com o objetivo de conscientizar as crianças africanas sobre os animais plantando as sementes para a conservação futura. Esta idéia de um programa dirigido a jovens naturalistas, expalhou-se por vários paises, e hoje existem 250 grupos de "Roots & Shoots", que contaram com a participação da Dra.Jane Goodall através de incansáveis palestras.
- National Geographic, December 1995 -
Gorila
A maior parte dos gorilas ainda existentes hoje, encontra-se em reservas distribuídas no Zaire, Uganda e Ruanda. O gorila das montanhas, impressionante, "inteligente, gentil, vulnerável", alvo de lendas e fantasias, sofreu neste século a maior ameaça de sua história. Desde a época da África-colônia, alemães e belgas, além de caçarem gorilas, dividiram seu habitat em fazendas e territórios arrendados para esquemas de agricultura européia. Programas de conservação e conscientização ecológica começaram a surgir somente na década de 70, quando a Sociedade de Conservação da Vida Animal - New York, em consórcio com outras organizações conservacionistas, criaram o Projeto do Gorila da Montanha. Hoje este projeto é um dos maiores exemplos de sucesso na história da conservação animal. Em Ruanda, o sucesso foi tão surpreendente que a população do pais passou a orgulhar-se de seus gorilas a ponto de não os ameaçarem durante a última guerra civil, em 1990. Apesar das reservas e florestas serem invadidas pelo exército, só se tem notícia de um gorila morto nos quatro (4) anos de guerra, e no auge do conflito, o Primeiro Ministro de Ruanda declarou publicamente o compromisso de seu pais com os gorilas. As duas etnias em guerra, Tutsi e Hutu, concordaram em não matá-los.
Triste Notícia: 1999 - re-iniciada a guerra civil em Ruanda. Estatísticas divulgadas pela imprensa mundial revelam que no último semestre de 1998 foram mortos 23 gorilas em Ruanda, vítimas das revanches Hutus, quando também assassinaram vários turistas britânicos e americanos. As autoridades do país perderam o controle da situação mais uma vez.
Panda
O Panda, originário da China, corre grande risco de extinção. Tanto as mudanças climáticas - esquentamento - quanto mudanças no seu habitat - aumento da população envolvente e conseqüente diminuição de alimento, são grandes ameaças. Ele é vegetariano, se alimenta basicamente de bambus, tem dificuldade de enxergar, não se reproduz em cativeiro e não suporta o calor forte. Várias organizações internacionais têm se esforçado para salvar este que é um dos mais meigos entre os animais de grande porte.
Hellabrunn Zoo
O moderno zoológico Hellabrunn, em Munich, Alemanha, é um dos mais interessantes projetos de recuperação e criação de espécies em risco de extinção. A manutenção dos animais em ambiente natural, a criação das espécies ameaçadas para posterior transposição para suas regiões de origem, são a especialidade do zoológico que cria uma enorme quantidade de espécies que vão das aranhas mexicanas "redknees" (joelhos-vermelhos) a uma variedade de pássaros e de animais de grande porte onde sua estória mais surpreendente é o sucesso com os Przewalski, uma sub-espécie de cavalos selvagens originários da Mongólia, descobertos por volta de 1870 por um explorador russo.
Projeto Tamar
O Projeto Tamar é um dos mais bem sucedidos projetos de preservação de espécies marinhas em risco de extinção no Brasil. Dedicado à preservação das tartarugas marinhas o projeto estende-se por toda a costa brasileira inclusive Fernando de Noronha e Atol das Rocas, dividindo a costa em áreas de alimentação, de reprodução e mistas. As tartarugas têm mais de 150 milhões de anos, resistiram a inúmeras ameaças inclusive adaptando-se de seu habitat original que era a terra, para o marítimo, o que gerou várias mutações no processo de adaptação, mantendo apenas a desova em terra - em praias desertas e durante a noite. Este é seu ponto mais vulnerável. O crescimento populacional e conseqüente invasão das praias tanto com pessoas como com luz elétrica, tem diminuído drasticamente os locais de reprodução das tartarugas marinhas gerando risco de extinção. Os esforços do Projeto Tamar têm garantido-lhes a continuação da espécies. Situação Mundial
Cientistas do Plano das Nações Unidas para o Meio Ambiente calculam que existam entre 10 e 100 milhões de espécies de seres vivos no planeta. Hoje, somente 1,4 milhões são conhecidos e 25% estão ameaçados de extinção. Todo dia, no mundo inteiro, desaparecem quase trezentas espécies animais e vegetais devido à destruição de seus habitats. O Brasil é um dos países com o maior nível de biodiversidade do planeta. Infelizmente, vários fatores têm contribuído para a destruição de grandes áreas dos ecossistemas mais ricos do país: Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Cerrado. Dentre as atividades que ameaçam estes ecossistemas estão a agricultura e pecuária, a extração de madeira, a mineração e a indústria poluente. Em 1990 o IBAMA compilou uma lista de animais em extinção no Brasil. A maioria das espécies é oriunda da Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Entre eles estão: 57 mamíferos, 108 aves, 9 répteis e 32 invertebrados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ANIMAIS MAINHOS

BALEIA


BALEIAS
SUBORDEM MYSTICETI (Baleias de Barbatanas)
Os misticetos ou mistacocetos, são na sua maioria grandes baleias que não apresentam dentes. No lugar destes, possuem compridas fileiras de cerdas - as "barbatanas" - que pendem do céu da boca em posição lateral. A função destas cerdas é a retenção de alimentos.

A alimentação dos mistacocetos consiste basicamente de organismos planctônicos, especialmente pequenos crustáceos do gênero Euphasia que abundam nos mares mais frios, e algumas espécies costumam predar sobre cardumes de peixes de pequeno porte. No ato da alimentação, o animal enche a boca de água, "filtrando" o alimento ao expelir a água através das cerdas já mencionadas.